
Morta a tiros no último domingo (25), em Cuiabá, a técnica de enfermagem Gabrieli Daniel de Sousa, de 31 anos, teve o corpo transladado num avião da Polícia Militar para Santarém, no Pará, na noite desta segunda-feira (26). Gabrielli foi assassinada pelo soldado da Polícia Militar Ricker Maximiano de Moraes, de 35 anos, em uma casa localizada na Rua Paraju, no bairro Praeirinho, em Cuiabá. Momentos antes, a família da vítima chegou a pedir ajuda para levar o corpo dela para o Pará, estado natal de Gabrieli.
Conforme o SBT Cuiabá, o corpo foi transladado durante uma operação da Polícia Militar de Mato Grosso, por meio de uma aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), por volta das 20 horas. Inicialmente, o corpo foi levado até a base aérea pela funerária, com escolta de uma equipe Raio da Polícia Militar.
Um vídeo mostra que alguns familiares foram até um dos hangares na região do aeroporto para prestar as últimas homenagens.
Gabrielli foi assassinada pelo marido na casa onde moravam na Rua Paraju, no bairro Praeirinho, em Cuiabá. Após matar a esposa, Ricker Moraes fugiu em um veículo Ford Fox com os dois filhos, de 3 e 5 anos. As crianças foram deixadas na casa dos avós pelo suspeito. No local do crime, os policiais encontraram a vítima na cozinha, atingida por três disparos de arma de fogo, calibre .40.
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Moradores da região relataram não ter ouvido discussão, apenas disparos, achando que se tratava de fogos de artifício. Ricker se entregou na noite de domingo. Durante diligências para prendê-lo, o delegado Edson Pick, da DHPP, informou que a Polícia Militar havia retirado a arma da casa do pai do suspeito, o que, segundo ele, prejudicou os trabalhos periciais.
Em nota, a PM informou que apreendeu a arma em local diferente do crime e a entregou à Polícia Civil na delegacia, uma vez que o feminicida ainda não estava preso e poderia voltar ao local para buscá-la. A instituição também afirmou que abriu procedimento administrativo na Corregedoria-Geral para apuração dos fatos, além de reforçar que não tolera qualquer tipo de crime, seja na sociedade ou dentro da própria corporação. O soldado permanecerá preso no Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Móveis (Rotam).
Em setembro de 2023, o militar matou um cachorro da raça pitbull a tiros no bairro Shangri-lá, em Cuiabá, alegando que agiu para proteger a filha. Nesta quarta-feira (28), o militar será levado a júri popular pela tentativa de homicídio de um adolescente de 17 anos. O crime foi praticado na noite de 23 de junho de 2018, em Cuiabá.
Ricker chegou a pedir liberdade provisória após matar a esposa, mas o pedido foi negado. A defesa solicitou exames alegando incidente de insanidade mental.
FOLHA MAX