
A defesa do prefeito de Sorriso, Alei Fernandes (União), reagiu com dureza às investigações da Polícia Federal que apuram suposto uso de caixa dois nas eleições municipais de 2024. Segundo a PF, há indícios de que a chapa de Alei teria utilizado candidatos “laranjas” para triangulação de recursos irregulares por meio de postulantes ao cargo de vereador. Em nota, o advogado Rodrigo Cyrineu, que representa o prefeito e seu vice, Acácio Ambrosini, classificou a operação como “natimorta” e acusou os investigadores de agirem com “espetacularização”.
A defesa nega veementemente qualquer participação dos eleitos nas práticas apontadas e afirma que não há provas concretas que sustentem as acusações. “Isso tudo não passa de especulação sem qualquer lastro probatório concreto, especialmente que envolva a participação dos candidatos eleitos”, afirma Cyrineu.
O advogado também questiona a origem e a motivação da investigação, alegando que a apuração teve início a partir de uma denúncia feita por um policial rodoviário federal, supostamente filiado ao partido do ex-candidato derrotado Damiani. Para ele, a operação está sendo conduzida de forma exagerada e compromete a estabilidade da administração municipal.
“A condução tem sido espalhafatosa, em prejuízo à gestão pública. Trata-se de uma tentativa vã de sustentar a natimorta Operação Rustius”, reforça Cyrineu, fazendo referência ao nome da operação deflagrada pela PF.
A defesa ainda aponta que o dinheiro apreendido com o empresário Nei Frâncio — citado nas investigações — tem origem em transações comerciais anteriores a 2019, o que, segundo a nota, desmontaria qualquer ligação com a campanha eleitoral de 2024.
As investigações seguem sob sigilo, mas a Polícia Federal afirma ter identificado movimentações financeiras atípicas que justificariam a continuidade da apuração. A prefeitura de Sorriso ainda não se manifestou oficialmente.
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