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sexta-feira, 13, junho, 2025

Justiça mantém prisão de Paulo Schmit, condenado a 22 anos pelo assassinato de Roseli em Sorriso

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou o recurso apresentado pela defesa de Paulo Schmit dos Santos e manteve a ordem de prisão imediata do réu, condenado a 22 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de Roseli Gonçalves de Aguiar, de 31 anos. O crime ocorreu na madrugada de 24 de dezembro de 2009, em Sorriso (420 km de Cuiabá), e foi julgado por um júri popular em maio deste ano.

A defesa havia solicitado o direito de Paulo recorrer da sentença em liberdade, mas o pedido foi rejeitado por unanimidade pelos desembargadores do TJMT. Com isso, ele permanece preso e cumprirá integralmente a pena em regime fechado.

Roseli foi encontrada morta em uma área de mata na divisa entre os bairros São Domingos e Parque Universitário. Conforme o inquérito, a vítima estava nua, com as mãos amarradas para trás com a própria calça jeans e apresentava sinais evidentes de violência na cabeça, nuca e queixo. Próximo ao corpo estavam suas roupas íntimas, a motocicleta e um pedaço de madeira, usado como arma do crime.

As investigações indicaram que Roseli e Paulo mantinham um relacionamento extraconjugal há quase dois anos, marcado por brigas e agressões. Na noite do crime, os dois estavam em uma festa em um clube da cidade, onde discutiram. Em seguida, Paulo teria atraído a vítima para um local isolado com a promessa de conversar. No local, ele a agrediu fisicamente, a asfixiou e, por fim, golpeou sua cabeça com um pedaço de madeira, causando sua morte. Depois do assassinato, ele retornou à festa, supostamente para criar um álibi.

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O juiz Rafael Depra Panichella, responsável pelo caso, explicou que o processo sofreu atrasos devido à complexidade dos autos e ao desmembramento das ações contra dois réus. Ressaltou ainda que, à época do crime, o feminicídio ainda não era tipificado na legislação penal, o que poderia ter resultado em uma pena ainda maior.

O promotor Luiz Fernando Rossi Pipino considerou a sentença uma vitória da Justiça e destacou a importância da atuação da família de Roseli no desfecho do caso, especialmente de sua irmã, que havia alertado a vítima sobre os riscos do relacionamento com Paulo.

Roseli era solteira e deixou uma filha, que agora cresce sob os cuidados da família materna. O caso se tornou um símbolo da luta contra a violência doméstica e o feminicídio em Mato Grosso.

NORTÃO MT

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