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quarta-feira, 21, maio, 2025

Mulher morre após queda durante o trabalho na Exponorte em Sinop; família denuncia negligência médica

Tatiana Ressel, de 29 anos, sofreu queda em arquibancada durante evento e morreu três dias depois. Caso é investigado pela Polícia Civil como morte a esclarecer.

Uma mulher de 29 anos morreu na madrugada desta segunda-feira (20), em Sinop (MT), após complicações de saúde ocorridas dias depois de sofrer uma queda durante o trabalho como segurança na Exponorte. Tatiana de Oliveira Ressel atuava na madrugada de 17 de maio quando pisou em falso nas arquibancadas do evento, lesionando a região lombar. Mesmo com dores, ela continuou no plantão até o fim.

Tatiana procurou atendimento médico no dia seguinte, inicialmente na Policlínica do bairro São Cristóvão. Segundo relato de sua companheira, Herleen, ela foi orientada a se dirigir à UPA André Maggi devido à gravidade do quadro, mas teve que pagar um transporte por aplicativo, já que não havia ambulância disponível. Na unidade, foi medicada com morfina e permaneceu em observação. Tatiana tinha histórico de problemas cardíacos, segundo a família.

De acordo com o relatório médico, a paciente apresentou agravamento do estado clínico durante a madrugada. Ela foi encaminhada à sala de emergência com sintomas como falta de ar, tosse com sangue, agitação e baixa saturação de oxigênio. Após ser intubada, sofreu uma parada cardiorrespiratória, chegou a ter os sinais vitais restabelecidos momentaneamente, mas não resistiu e morreu às 5h46 da manhã.

A causa provável da morte, segundo o boletim médico, foi uma embolia pulmonar. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que o registrou como “morte a esclarecer, sem indícios de crime”.

A família, no entanto, aponta possível negligência médica. Nas redes sociais, amigos e parentes têm se manifestado pedindo apuração. A principal crítica é à suposta desatenção ao histórico clínico de Tatiana, especialmente no uso de morfina, e à demora no reconhecimento da gravidade do quadro. A companheira afirma que alertou a equipe médica sobre os problemas cardíacos da jovem, mas que a informação teria sido ignorada. “Perdi minha esposa por negligência médica”, afirmou.

A Associação Saúde em Movimento (ASM), responsável pela gestão da UPA André Maggi, divulgou nota oficial afirmando que “todos os dispositivos, exames, serviços de apoio à diagnose e terapia, atenção médica e assistencial foram prestados incondicionalmente para a manutenção do suporte à vida e conforto, diante das causas complexas que evoluíram para tal desfecho”.

O Ministério Público deve acompanhar as investigações. A família pede que o caso seja tratado com transparência e que eventuais responsabilidades sejam apuradas.

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