
O cenário político brasileiro está passando por uma nova transformação. Três federações partidárias estão prestes a ser oficializadas e prometem influenciar diretamente as estratégias eleitorais e a dinâmica de poder nas eleições de 2026. As novas alianças envolvem os seguintes partidos:
- MDB com Republicanos;
- União Brasil com Progressistas;
- PSDB com Podemos.
A formação dessas federações representa mais do que simples acordos políticos. Elas marcam uma nova fase de reorganização das forças partidárias no Brasil, num movimento que visa principalmente aumentar a representatividade, somar recursos e ampliar o tempo de exposição na propaganda eleitoral gratuita.
O que é uma Federação Partidária?
A federação partidária foi criada como alternativa às antigas coligações proporcionais, que deixaram de existir com a reforma eleitoral de 2017. Ao contrário das coligações, que se encerravam logo após a eleição, a federação exige que os partidos atuem juntos por pelo menos quatro anos.
Isso significa que, durante esse período, os partidos federados devem:
- Ter um estatuto único, que rege o funcionamento do grupo;
- Atuar como um só partido no Congresso Nacional;
- Lançar candidatos em conjunto nas eleições;
- Tomar decisões políticas de forma coordenada.
A federação é, portanto, uma forma mais estável e duradoura de união entre partidos, o que pode trazer mais coerência às alianças políticas e maior previsibilidade para o eleitorado.
Para que Serve uma Federação?
As federações têm como principal objetivo fortalecer os partidos envolvidos. Na prática, isso significa:
- Somar forças eleitorais: partidos menores se associam a maiores para alcançar melhores resultados;
- Aumentar o tempo de propaganda eleitoral em rádio e TV;
- Garantir maior acesso ao fundo partidário e ao fundo eleitoral, importantes fontes de financiamento das campanhas;
- Superar cláusulas de barreira, que exigem desempenho mínimo nas urnas para acesso a recursos e tempo de mídia.
Fusão PSDB e Podemos: Nova Legenda à Vista
Entre os acordos mais avançados está a união entre PSDB e Podemos, que vai além de uma federação. Os dois partidos estão preparando um processo de fusão, o que significa que deixarão de existir como legendas individuais para formar um novo partido político.

A nova agremiação terá um nome e número diferentes, embora exista a possibilidade de manter o número de um dos partidos atuais. Um exemplo semelhante aconteceu com o Progressistas, que passou por duas fusões no passado e manteve o tradicional número 11, já consolidado junto ao eleitorado.
Impacto para o Eleitor
Para os eleitores, essas movimentações podem causar confusão em um primeiro momento, especialmente em relação aos números e nomes dos partidos. Por isso, é fundamental estar atento às mudanças e buscar informações claras sobre os candidatos e as novas siglas.
Ao mesmo tempo, a federação pode representar uma maior estabilidade política, com alianças mais duradouras e consistentes. No entanto, críticos argumentam que essa união entre siglas de espectros ideológicos diferentes pode gerar incoerências programáticas e afastar ainda mais os partidos de suas bases tradicionais.
O que esperar daqui pra frente?
A tendência é que outras federações ou fusões ocorram nos próximos meses, especialmente entre partidos médios e pequenos que buscam manter influência e sobrevivência no atual sistema político brasileiro.
Com isso, a estrutura partidária do país deve passar por um novo processo de redução e consolidação, com menos siglas e alianças mais fortes — pelo menos no papel.
Para os eleitores, a dica é clara: informação será a melhor aliada nas próximas eleições. Mudanças de nome, número ou formato não devem ser confundidas com mudança de valores e propostas. Por isso, é preciso pesquisar, comparar e escolher com consciência.
Nortão MT