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sexta-feira, 23, maio, 2025

Pintor espalha tinta em protesto e acusa síndico de calote; síndico rebate e diz que obra foi paga em Nova Mutum

Uma situação inusitada chamou a atenção de moradores de Nova Mutum na manhã desta quarta-feira (21). Um pintor, identificado como Leandro, espalhou tinta branca pela calçada de um prédio residencial como forma de protesto. O ato foi registrado por uma câmera de segurança e rapidamente repercutiu nas redes sociais.

O vídeo mostra o momento em que Leandro chega ao local com dois baldes de tinta, despeja o conteúdo sobre a calçada e, após espalhar o líquido por alguns segundos, entra em seu veículo e vai embora. A calçada, que aparentava ter sido recém-pintada, ficou toda manchada.

Leandro procurou a imprensa local e afirmou que o ato foi motivado pelo não pagamento de um serviço prestado no prédio. Segundo ele, o síndico do condomínio, Everton, teria retirado R$ 418 em materiais de pintura em seu nome e ainda estaria devendo R$ 3.000 referentes à mão de obra. O pintor afirmou que tentou, por diversas vezes, cobrar os valores devidos, mas sem sucesso. Em um “ato de desespero”, decidiu protestar de forma pública.

A versão do síndico

Após a divulgação do caso, o síndico Everton também procurou a reportagem para apresentar sua versão dos fatos. De acordo com ele, Leandro foi contratado em novembro do ano passado para executar a pintura completa do edifício, que abriga 16 famílias. O orçamento fechado foi de R$ 102.000, valor que, segundo Everton, já foi integralmente quitado.

O síndico relatou que, após um pagamento inicial de R$ 10.000, Leandro solicitou um adiantamento adicional de R$ 2.000 apenas dois dias depois, o que já causou estranhamento. Após o recebimento do valor, o pintor teria se ausentado por cerca de 10 dias antes de iniciar a obra. Ao longo da execução, outros adiantamentos foram pagos, totalizando mais de R$ 60.000 antes mesmo da finalização dos serviços.

Everton afirma que o pintor e sua equipe desapareceram do prédio no dia 22 de dezembro e só retornaram em 15 de janeiro, após insistentes cobranças. A obra foi dada como concluída por Leandro no início de abril, e no dia 17 do mesmo mês ele teria assinado digitalmente um recibo de quitação, reconhecendo que o valor total havia sido pago.

Contudo, apenas dois dias depois, Leandro voltou a cobrar um suposto saldo devedor, o que o síndico classifica como uma cobrança indevida.

NORTÃO MT

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