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sábado, 17, maio, 2025

Presidente da FMF muda de posição e agora defende novas eleições na CBF

O presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Aron Dresch, surpreendeu ao mudar rapidamente sua postura em relação à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Após declarar apoio público à reeleição de Ednaldo Rodrigues, Dresch agora defende a realização de novas eleições na entidade nacional, em obediência às recentes decisões judiciais.

A reeleição de Ednaldo Rodrigues foi anunciada no dia 24 de abril e, na ocasião, celebrada nas redes sociais da FMF com postagens de congratulação. Em nota oficial, Dresch havia declarado:

“Quero parabenizar o Ednaldo pela reeleição, reforçar a parceria entre a FMF e a CBF e destacar seu compromisso com o desenvolvimento do futebol brasileiro. Seguimos juntos para fortalecer ainda mais o esporte em Mato Grosso e em todo o país.”

Porém, nos últimos dias, o cenário mudou drasticamente. Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou a eleição que havia reconduzido Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF, o dirigente foi oficialmente afastado do cargo. A decisão foi tomada com base na alegação de irregularidades no processo eleitoral, apontando violação do estatuto da entidade e falta de transparência.

Com a mudança no cenário jurídico e político da CBF, a FMF também alterou sua postura. Em 16 de maio, uma nova nota pública foi divulgada:

“Aron Dresch, presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), manifesta apoio à realização de novas e imediatas eleições na CBF, em total conformidade com as determinações judiciais. O protagonismo dos clubes e federações que constroem, diariamente, o nosso futebol precisa ser respeitado.”

A reviravolta também acontece em um momento delicado dentro da própria FMF. A eleição interna da entidade, na qual Aron Dresch busca a reeleição, está suspensa pela Justiça, em meio a denúncias de irregularidades no processo e questionamentos sobre sua lisura.

Outro ponto que chamou a atenção foi o aumento salarial concedido ao presidente da FMF pouco antes da eleição da CBF. Segundo reportagem da revista Piauí, os salários dos presidentes das federações estaduais foram reajustados de R$ 50 mil para R$ 215 mil mensais, representando um aumento de 330% .

A súbita mudança de posicionamento de Dresch, de defensor a crítico da gestão Ednaldo Rodrigues, levanta dúvidas sobre os reais interesses por trás do discurso. Para muitos, o movimento reflete uma tentativa de reposicionamento político em meio à instabilidade institucional que atinge as principais entidades do futebol brasileiro.

Com a CBF em busca de legitimidade após o afastamento de seu presidente e diversas federações estaduais sob suspeita de irregularidades, o momento é de tensão e expectativa por uma reforma estrutural no comando do futebol nacional.

Nortão MT

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