
Mato Grosso alcançou uma taxa de alfabetização de 94,1% entre pessoas com 15 anos ou mais em 2024, o que representa cerca de 2,6 milhões de cidadãos alfabetizados, segundo dados divulgados recentemente pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Estado, 164,4 mil pessoas ainda não são alfabetizadas — o equivalente a 5,8% da população nessa faixa etária.
Entre os destaques no cenário estadual estão os municípios de Sorriso e Sinop, dois polos do médio-norte mato-grossense que figuram entre as dez cidades com as maiores taxas de alfabetização. Sinop aparece em quarto lugar, com 96,5% da população alfabetizada, enquanto Sorriso ocupa a sexta posição, com taxa de 96%. Ambos os municípios superam a média estadual e se consolidam como referências em educação básica e inclusão escolar.
O município de Lucas do Rio Verde lidera o ranking com 97,1%, seguido de Primavera do Leste (96,8%), e a capital Cuiabá (96,7%). Nova Mutum (96,1%), Ipiranga do Norte (95,8%), Campo Novo do Parecis (95,7%), Barra do Garças e Sapezal (ambos com 95,6%) completam o top 10.
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A pesquisa também revelou desigualdades relacionadas a gênero e faixa etária. Em Mato Grosso, a taxa de alfabetização entre as mulheres (94,4%) é ligeiramente superior à dos homens (93,8%). Já entre os jovens de 15 a 19 anos, o índice atinge 98,7%, enquanto entre os idosos com 80 anos ou mais cai para apenas 63,2%, demonstrando o impacto geracional do acesso à educação.
Segundo o IBGE, os dados indicam progressos importantes na escolarização das gerações mais recentes, especialmente entre as mulheres. No entanto, também revelam que o analfabetismo ainda está fortemente ligado à idade, refletindo desigualdades históricas no acesso à educação.
Apesar dos avanços, especialistas apontam que o desafio agora é garantir não apenas o acesso à alfabetização, mas a qualidade do ensino, especialmente em regiões rurais e nas comunidades mais vulneráveis.
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