
A psicóloga Janaina Carla Portela Santin, de 43 anos, foi encontrada morta com um disparo de arma de fogo na cabeça na noite de segunda-feira (16), em sua residência localizada na Avenida das Figueiras, bairro Delta, em Sinop (MT). O caso, inicialmente tratado como suicídio, passou a ser investigado como possível homicídio após contradições no depoimento do marido, que também foi baleado e está preso preventivamente.
De acordo com a versão apresentada inicialmente pelo companheiro da vítima à Polícia Militar, ele teria sido surpreendido por Janaina com uma arma em mãos. Ainda segundo seu relato, ela teria efetuado um disparo em sua perna e, em seguida, tirado a própria vida. No entanto, a Polícia Civil identificou inconsistências na narrativa.
No local, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) encontrou ao menos seis cápsulas deflagradas e apreendeu uma pistola calibre .380 com 14 munições. A quantidade de tiros e a disposição dos vestígios levaram os peritos a questionar a versão apresentada, indicando uma possível outra dinâmica do crime.
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Após receber atendimento médico no Hospital Regional, o homem foi ouvido novamente pela equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas apresentou versões divergentes sobre os fatos. Diante das contradições, o delegado Ugo Mendonça solicitou nova perícia no local e determinou a prisão do suspeito.
Em entrevista à imprensa, o perito criminal André Furio informou que a análise inicial da cena indica um único tiro na cabeça da vítima. Contudo, exames complementares — como tricotomia e análise da distância do disparo — ainda serão realizados para confirmar a trajetória e a origem do tiro.
O corpo de Janaina foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será submetido a necropsia. A Polícia Civil aguarda os laudos periciais para esclarecer o caso e concluir o inquérito.
As investigações seguem em andamento para apurar se houve feminicídio e qual foi, de fato, a dinâmica da morte da psicóloga.
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