Especialista alerta para uso de narguilé e ‘vape’: Pior que cigarro


O narguilé chegou ao Brasil há alguns anos e caiu no gosto dos jovens e adolescentes, principalmente por conta das essências utilizadas. Com o passar dos anos, outro produto que também se popularizou foi o cigarro eletrônico, conhecido como ‘vape’. Mas o que poucos sabem, ou ignoram, são os perigos destes produtos.

O pneumologista Clóvis Botelho explicou ao  que o uso do narguilé no país virou cultural. “Os jovens reúnem amigos e fumam em sessões que duram 1 hora. Quem usa diz que é inofensivo, mas não é. Cada sessão de narguilé equivale a fumar 100 cigarros”, explica.

“Se estiver em quatro pessoas, cada um fumou 25 cigarros, é muita coisa. A carga de nicotina e de produtos tóxicos é enorme”, alerta.

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Clóvis continua falando sobre os males de uma ‘sessão’ de narguilé. “Além da quantidade de tabaco, também tem a queima do carvão, que faz a fumaça. E essa queima do carvão é a mesma coisa de estar em uma churrasqueira e inalar a fumaça. É altamente toxica. A quantidade de monóxido de carbono que a pessoa inala é muito grande”, diz.

Ainda segundo o pneumologista, algumas pessoas também acrescentam outros elementos na mistura do narguilé, como álcool, vodka, whiskey e até mesmo drogas ilícitas.

Clóvis Botelho ainda ressalta sobre o caso da jovem Livian Monteiro, de 19 anos, que teve que passar por uma cirurgia após contrair uma infecção chamada de aspergilose, durante uma sessão de narguilé.

“O caso foi uma exceção, não é comum isso acontecer. Possivelmente alguém que estava fumando com ela estava doente e acabou passando para ela quando compartilhavam os bocais”.

Cigarros eletrônicos

O pneumologista também explica sobre os cigarros eletrônicos. Segundo ele, o aparelho é o ‘conto do vigário’. “O vape surgiu pela própria indústria do tabaco, ao ver que o consumo de cigarro estava diminuindo no mundo. Fizeram propaganda, falando que era bom para quem queria parar de fumar, mas não é. É tão ruim quanto o cigarro”, afirma.

“É um aparelho bonito, virou um objeto de luxo, fetiche para os jovens. O vape é o conto do vigário”, acrescentou.

O pneumologista ainda fala que o produto é proibido no Brasil, e quem vende comete o crime de contrabando.

“A indústria luta para liberar, mas o pessoal da saúde briga para não passar essa autorização e não serem vendidos”, explica.

Por: Repórter MT – João Aguiar

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