Produtores reduzem investimentos em máquinas agrícolas

As vendas de máquinas agrícolas caíram quase 7%, ao longo do primeiro semestre de 2023, em comparação a igual período de 2022. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgou os resultados na segunda-feira, 2.

De acordo com José Maurício Andreta Júnior, presidente da federação, as fabricantes de máquinas agrícolas reduziram os preços e, mesmo assim, os negócios foram “abaixo das expectativas”. As vendas nesse intervalo fecharam em 29,6 mil toneladas.

Ele afirmou que a queda tem relação com a diminuição do preço das commodities e o fato de o lançamento do Plano Safra ter ocorrido apenas no fim de junho. “Ainda não deu para captar a reação dos produtores”, disse sobre os efeitos do programa.

Contudo, vale destacar que o período de lançamento do Plano Safra de 2022 também se deu no fim do mesmo mês. E, no primeiro semestre daquele ano, as vendas desses equipamentos bateram 31,6 mil unidades. A marca representou um aumento de quase 33% sobre o mesmo intervalo em 2021.

Além disso, apesar da queda de preços das commodities, a agropecuária segue aumentando o faturamento com o mercado externo. Entre janeiro e junho, por exemplo, a produção rural foi o único segmento da balança comercial brasileira que fechou com aumento das receitas com as exportações.

As máquinas agrícolas

Tratadores e colheitadeiras de grãos são exemplos de máquinas agrícolas. Esses equipamentos são utilizados nas fazendas de todo o país para fazer o manejo da produção. Atualmente, o agronegócio é um dos setores mais pujantes da economia brasileira.

O agro brasileiro

Estima-se que a agricultura e a pecuária locais alimentam cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o planeta. Desse modo, o país é visto como um dos players mais importantes para a segurança alimentar no planeta.

Da última vez em que esteve no Brasil, Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), reconheceu que o mundo precisa da agricultura brasileira para sobreviver. A fala ocorreu em abril de 2022.

“Sei que o mundo não sobrevive sem a agricultura brasileira”, disse Ngozi. “Precisamos pensar nos desafios futuros, não só do Brasil, mas do mundo todo. Estou animada sobre o que o Brasil tem a dizer sobre a área ambiental e as tecnologias produtivas com potencial de descarbonização.”

REVISTA OESTE

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