Retirada de assinaturas pode enterrar CPI do Gás na Assembleia

Após o deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) conseguir 16 assinaturas para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o preço do gás em Mato Grosso, alguns parlamentares começaram a retirar o apoio à investigação, o que inviabiliza  sua instauração dentro da Assembleia Legislativa (ALMT).  

Isso porque para que fosse validada, o requerimento  precisa de 16 assinaturas. Porém, 3 parlamentares já retiraram suas assinaturas. Um deles é o deputado Carlos Avalone (PSDB), que confirmou ao GD que solicitou a retirada do seu nome do pedido.

Nos bastidores, a informação é de que o presidente da Assembleia, Max Russi (PSB) não quer que mais CPI sejam criadas, sem antes terminar as 3 que estão em andamento.   Russi já solicitou aos presidentes das CPIs da Renúncia Fiscal, Energisa e Previdência, que concluam os trabalhos até o dia 31 de dezembro.  

Com a retirada da assinatura, a CPI do Gás só poderá ser instaurada após o termino de uma das 3 em andamento.   Além dela, existe uma requerimento do deputado Lúdio Cabral (PT), que buscar instaurar a CPI da Saúde. Porém, o parlamentar possui apenas 6 assinaturas. Caso consiga mais duas, será mais uma investigação que entrará na fila. 

A justificativa para investigar o alto preço no valor do gás de cozinha (GLP) em Mato Grosso, seria um possível monopólio no Estado, e que o governo Mauro Mendes (DEM) estaria sofrendo pressão e ‘ataques’ deste grupo empresarial.  

” (…) assim que o governador do Estado anunciou a criação de uma autarquia para atuar no ramo de Envasamento e Distribuição do gás de cozinha aqui em Mato Grosso, um grupo econômico que há anos domina e explora este setor, se alvoroçou em ataques contra o Governo, na tentativa de impedir que essa autarquia viesse a ser criada”, diz trecho da justificativa.  

“Entendemos que essa objeção à criação dessa importante autarquia, que vislumbra beneficiar a milhares de mato-grossenses, demonstra que se trata de um mercado altamente rentável e que quem está com o controle não quer perdê-lo”, completa.  

De acordo com o parlamentar, o objetivo da CPI será investigar possíveis ilegalidades mercado do gás de cozinha, como por exemplo, a suspeita de haver “monopólio e ou oligopólio na atividade de envasamento na distribuição do gás de cozinha – GLP, no estado de Mato Grosso”, diz trecho da justificativa.  

Fonte: Gazeta Digital GD

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