Veja os deputados estaduais que devem concorrer a eleição da presidência da ALMT

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Deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) já começaram a especular candidatos à Mesa Diretora da Casa de Leis. A votação ocorre no dia 1° de fevereiro, e o novo presidente deve comandar a casa pelos próximos dois anos.

Desde segunda-feira (23), a TV Centro América exibe reportagens especiais sobre o legislativo estadual. Esta é a terceira matéria da série.

Devido a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), os deputados ficaram sem saber quem poderia entrar na disputa. Em 2021, foi definido o limite de apenas uma reeleição nas Mesas Diretoras dos parlamentos, tanto no Congresso Nacional, como nas assembleias dos estados.

Um presidente só poderia se reeleger uma única vez e o atual ocupante da cadeira, o deputado Eduardo Botelho (União), anunciou que estava fora da disputa porque ele já se reelegeu presidente duas vezes.

Após a decisão, o primeiro parlamentar a lançar candidatura foi o atual primeiro-secretário, Max Russi (PSB).

“Eu sou candidato a presidente. Acho que os outros 23 deputados têm condições de se candidatarem também, mas eu vou disputar”, disse.

Após o anúncio, houve grande repercussão entre os deputados. Faissal (Cidadania) e o atual Quarto-secretário, Paulo Araújo (PP), se manifestaram a favor da candidatura.

“A Assembleia andou bem nesses últimos quatro anos, tanto com o Botelho como presidente e Max como secretário e Max como presidente e Botelho, secretário”, disse Faissal.

Já o parlamentar Elizeu Nascimento (PL) pede um diálogo com Max Russi para que a ALMT não tenha um “puxadinho do governo”.

Mas apareceu um possível novo concorrente, um velho conhecido da política de Mato Grosso que agora está de volta à Assembleia, o deputado Júlio Campos (União).

“Há um grupo de parlamentares que me procurou pedindo para que se eu pudesse colocar meu nome para disputar a presidência da Casa na próxima legislatura”, disse.

No início de dezembro, uma reviravolta aconteceu. Botelho disse que poderia se candidatar novamente, porque seria, no entendimento dele, a primeira reeleição depois da decisão do STF.

“Vamos fazer de tudo para nós continuarmos juntos, para continuar uma Assembleia sem disputa, sem briga, sendo uma Assembleia em que todos ganham, então é isso que vou procurar fazer”, disse.

Com os possíveis candidatos, o g1 separou o perfil de cada deputado que deve disputar a presidência. Confira a lista:

Eduardo Botelho (União)

Eduardo Botelho (União) — Foto: Maurício Barbant/ALMT
Eduardo Botelho (União) — Foto: Maurício Barbant/ALMT

O atual presidente nasceu em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá. Começou a trabalhar ainda na infância, junto com o pai na roça. Depois foi morar em Cuiabá com a família. Começou a vender jornais pela manhã e balas na porta dos cinemas à noite. Estudou nas escolas públicas da capital e se formou em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), além de Licenciatura em Matemática.

Foi professor de Matemática e Física em instituições de ensino em Cuiabá e cidades do interior. Em 2013, se filiou ao PSB e se candidatou em 2014 pela primeira vez, sendo eleito deputado estadual. Chegou à Mesa Diretora em 2017. No ano seguinte, se filiou ao partido Democratas (DEM) e foi reeleito parlamentar. Em 2019, voltou a presidência da ALMT e segue até a atual legislatura.

Possui pouco mais de 5 mil proposições em tramitação, sendo 240 projetos de lei.

Max Russi (PSB)

Max Russi (PSB)  — Foto: ALMT
Max Russi (PSB) — Foto: ALMT

Atual primeiro-secretário, Max Russi é natural de Salto do Lontra, no Paraná, e se mudou para o interior de Mato Grosso. Começou como funcionário de um posto de combustível e, depois, se tornou empresário. Entrou para a polícia se candidatando a vereador da cidade de Jaciara (MT) e quatro anos depois assumiu a prefeitura do município. Foi reeleito prefeito, e posteriormente, deputado estadual.

Max Russi possui 1.995 proposições em tramitação na Assembleia Legislativa, sendo 140 projetos de lei.

Júlio Campos (União)

Júlio Campos (União) — Foto: TVCA/Reprodução
Júlio Campos (União) — Foto: TVCA/Reprodução

Natural de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, Júlio Campos tem 76 anos e já ocupou vários cargos na política. Se formou em Agronomia na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e entrou para a polícia em 1964. Secretário de Viação e Obras Públicas em Várzea Grande, também foi professor na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Foi eleito prefeito de Várzea Grande em 1972 e deputado federal em 1978. Migrou para o PDS elegendo-se governador de Mato Grosso em 1982. Renunciou ao governo e foi eleito sucessivamente deputado federal em 1986 e senador em 1990. Em 2002 tomou posse como conselheiro no Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) e permaneceu no TCE até 2007, quando se aposentou.

Em 2010 foi eleito novamente deputado federal e em 2023 foi eleito deputado estadual.

G1 MT

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