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quinta-feira, 22, maio, 2025

Bebê é deixado em boca de fumo por dívida de R$ 150

 Marcello Casal Jr-Agência Brasil

O bebê de um ano e dois meses que foi deixado em uma boca de fumo como garantia de pagamento de dívida em Sarandi, no norte do Paraná, foi resgatado pela tia e está sendo cuidado pelos tios-avós.

O tio-avô, de 56 anos, falou sobre o estado de saúde da criança em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná. Ele contou que recebeu a criança fragilizada e com um machucado nas orelhas. O tio-avô do bebê esclareceu que a situação ocorreu há duas semanas, quando os pais do bebê, que são usuários de droga e vivem nas ruas de Sarandi , deixaram a criança com traficantes da cidade. Segundo ele, a criança está bem agora e fará acompanhamento com pediatra.

O tio-avô disse ainda que, mesmo passando por dificuldades financeiras, não pensou duas vezes em ficar com o menino ao se deparar com o caso. O g1 e a RPC optaram por não divulgar a identidade do homem para preservar a segurança da família.

“Eu fiz o que achei que era necessário, com o consentimento da esposa. E pra mim, hoje, é uma benção”, afirmou.

O tio-avô do bebê trabalhava como motorista de caminhão, mas contou que teve que ser afastado após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). No momento, a renda da família é formada pelo auxílio-saúde que ele recebe do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e pelas diárias da esposa, que trabalha na área da limpeza. Ele diz que tem priorizado as despesas com o bebê e deixado algumas contas para trás.

“A gente tá se virando como pode. Eu vou ajudar ele, com certeza. Mas ele não tem noção do bem que ele está me fazendo. Quero só a segurança de que ninguém vai chegar aqui amanhã ou depois e vai levar ele embora e privar do que a gente tem pra oferece pra ele, que é muito amor e muito carinho”, desabafou.

À RPC, o tio-avô disse que já manifestou o interesse de ficar com a guarda definitiva do sobrinho.

De acordo com o Conselho Tutelar de Sarandi, foi elaborado um termo de responsabilidade aos tios-avós para que fiquem com a guarda provisória do bebê. A Vara da Infância e do Adolescente também foi comunicada para dar início ao procedimento que vai decidir para quem será dada a guarda definitiva da criança.

REPORTAGEM COMPLETA NO G1

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