Governo recolhe 8 lotes de café por fraudes e impurezas dos grãos

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou o recolhimento de oito lotes de café com indícios de fraude.

Nos pacotes – do tipo torrado e moído – fiscais identificaram pedaços de cascas e madeiras acima dos limites permitidos pela legislação misturados aos produtos.

O excesso de cascas e paus de café tem a intenção de aumentar o volume dos pacotes, informou o Ministério.

“Esses resíduos do beneficiamento do grão de café foram torrados como se fossem grãos de café legítimos”, explicou o coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Tiago Dokonal.

Os lotes apreendidos pertencem às marcas Fazenda Mineira, Jardim, Lenhador Extra Forte, Lenhador Tradicional, Balaio, Bico de Ouro e Bico de Ouro 100% Puro Robusta, conforme divulgado pelo governo, na última sexta-feira (22).

Os lotes afetados são:

FAB08DEZ22 da Fazenda Mineira; 046/23/3D da Jardim;
59 da Lenhador Extra Forte;
59 da Lenhador Tradicional;
58 da Balaio; 02 e 05 da Bico de Ouro;
04 da Bico de Ouro 100% Puro Robusta.
 
O g1 não localizou os contatos das marcas Fazenda Mineira e Jardim. Já as empresas de Lenhador Extra Forte, Lenhador Tradicional, Balaio, Bico de Ouro e Bico de Ouro 100% Puro Robusta não responderam de imediato.

Fiscalizações

As fiscalizações a lotes de café começaram no início deste ano, com a entrada em vigor da Portaria nº 570, que define o regulamento técnico do café torrado no Brasil.

Segundo o Ministério da Agricultura, no mês de julho de 2023, uma força-tarefa composta por 16 auditores fiscais federais agropecuários e agentes do Mapa foi mobilizada nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal para combater a fraude em cafés.

Durante a operação, uma fábrica de café torrado e moído em Minas Gerais foi interditada, e foram apreendidos 20.312 kg de café torrado e moído, além de 16.090 kg de matéria-prima irregular, composta por café com cascas e paus.

Nessa ação mais de 26 marcas foram identificadas com indícios de irregularidades. Parte dessas marcas ainda estão em fase de contestação das análises.

G1

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