Investigação identifica líderes de organização criminosa de MT que aplicava golpes por meio de redes sociais

A Polícia Civil deflagrou a Operação Usura, nessa quarta-feira (13), para cumprir cinco mandados de busca e apreensão domiciliar contra criminosos investigados por realizar cobranças financeiras, mediante grave ameaça em Barra do Garças.

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A ação realizada pelas equipes da 1ª Delegacia de Polícia, da Delegacia Especializada do Adolescente, Central de TCO e 2ª Delegacia de Polícia, resultou na apreensão de vários objetos e provas para complementar o procedimento criminal.

Os mandados judiciais foram expedidos após investigação da 1ª Delegacia de Polícia para apurar as condutas de indivíduos vindos da Colômbia e Venezuela, que realizavam empréstimos com juros exagerados e faziam cobranças com emprego de violência e grave ameaça.

Conforme apurado, a associação possui vínculo com integrantes de outros países, e de forma articulada fomentam a prática criminosa, por meio de envio de dinheiro para que os empréstimos ilegais com juros elevados, fossem oferecidos aos comerciantes da cidade.

Os indícios apontam que os investigados buscavam garantir o recebimento de valores acrescidos de altos juros e as cobranças realizadas com forte intimidação e até ameaça de morte de familiares dos possíveis devedores.

Com os materiais apreendidos durante a operação “Usura”, as investigações prosseguem visando a conclusão do inquérito policial, com indiciamento e responsabilização penal contra os envolvidos nos crimes cometidos.

De acordo com o delegado Adriano Marcos Alencar, a 1ª DP de Barra do Garças tem se destacado pela qualidade de suas investigações, algo notório e reconhecido pelas instituições ligadas à persecução criminal.

“Nosso objetivo é garantir a devida repressão aos crimes praticados por aqueles que não seguem os comandos legais da boa convivência harmônica em nossa sociedade”, disse o delegado.

O delegado da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, avaliou o resultado da operação como positivo e disse que o objetivo do trabalho era justamente conseguir elementos que comprovassem a participação dos suspeitos na empreitada criminosa, demonstrando o envolvimento deles com a prática do esquema de golpes cometidos por meio de redes sociais. 

“Durante as diligências foi possível identificar a participação de outros envolvidos, inclusive mandantes e pessoas que estão orquestrando todo esse esquema delituoso. Com certeza todo material apreendido, será melhor apurado agora pelas equipes que investigam o caso e, possivelmente, outras pessoas serão identificadas, resultando em novas fases em virtude dessa operação”, disse o delegado. 

Os suspeitos foram conduzidos e ouvidos na GCCO, sendo levantadas informações que podem contribuir para a evolução das investigações. 

Atuação da organização criminosa

O alvo é uma organização criminosa que cometia golpes por meio de redes sociais. Os alvos estão envolvidos em golpes conhecidos como “Golpe do Whatsapp” e “Golpe da OLX”. 

A consumação do crime ocorre quando as vítimas, induzidas ao erro, efetuam transferências via pix para contas indicadas pelo grupo criminoso. Os valores arrecadados podem ultrapassar a casa de milhões de reais e ainda não é possível precisar o montante de pessoas lesadas com os golpes aplicados pelos criminosos.

Nos últimos três anos, centenas de suspeitos envolvidos nos golpes foram presos, tanto na região de São José do Rio Preto, quanto nas capitais paulista, catarinense e mato-grossense. Somente em Cuiabá, já é a terceira operação deflagrada.

Vitor Hugo destacou ainda a importância da integração entre unidades no combate às organizações criminosas. “No caso dessa operação, com a Polícia Civil de São Paulo, por meio de investigação da Delegacia de São José do Rio Preto, ocorreu a interação para chegar ao resultado comum que é a desarticulação do grupo criminoso envolvido em golpes em todo pais”, disse o delegado.

Assessoria | Polícia Civil-MT

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